Minha avaliação segue um protocolo semiestruturado, meticulosamente desenhado para garantir quatro pilares: profundidade, confiabilidade, atenção às singularidades de cada indivíduo e, acima de tudo, validez clínica. Não se trata de uma aplicação mecânica de testes, mas de uma investigação clínica personalizada.

Tudo começa com uma conversa profunda com a própria pessoa ou com os pais/responsáveis, no caso de crianças. Meu objetivo nesta fase é ir além da queixa inicial para entender a história completa: os desconfortos atuais, a jornada de desenvolvimento desde a primeira infância, o histórico médico, escolar, familiar e social. Esta escuta atenta é a base para formular hipóteses clínicas relevantes e personalizar todo o processo avaliativo.

Nas sessões seguintes, realizo a aplicação de uma bateria personalizada de testes neuropsicológicos, rigorosamente selecionados entre instrumentos validados no Brasil e aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A bateria de testes é montada para investigar de forma integrada o perfil neurocognitivo e emocional como um todo. Mais do que identificar sintomas, avalio, portanto, o nível de preservação ou desenvolvimento de um conjunto de funções neurocognitivas e processos emocionais, desde a atenção até as funções executivas mais complexas, a cognição social e a regulação emocional. O objetivo é capturar não apenas habilidades isoladas, mas como elas interagem entre si e saber se justificam as queixas trazidas do dia a dia.

Após a coleta, a etapa crucial é a análise e interpretação qualificada dos dados. Aqui, minha experiência clínica é fundamental. Não trabalho apenas com pontuações numéricas. O material qualitativo — que inclui as observações sobre os padrões de desempenho, as verbalizações, a atitude durante a avaliação e as estratégias espontaneamente utilizadas — é o que orienta e dá significado clínico aos dados quantitativos.

Este rico conteúdo qualitativo é, então, integrado de forma sistemática a todas as informações colhidas na entrevista inicial. É essa síntese que me permite formar um quadro compreensivo e verdadeiramente individualizado do funcionamento cerebral. O resultado final não é um perfil estático de pontuações, mas uma compreensão profunda do processo cognitivo-emocional único da pessoa: como ela aprende, como resolve problemas, como se adapta aos desafios e como suas emoções interagem com suas capacidades.

Com base nessa análise integrada, elaboro um laudo neuropsicológico detalhado e bem fundamentado. Este documento técnico apresenta:

- Síntese do histórico e da queixa.

- Descrição dos métodos e instrumentos utilizados.

- Análise dos resultados, com interpretação clínica.

- Conclusões diagnósticas ou descritivas do perfil cognitivo-emocional.

- Destaque para os pontos fortes, que serão a base da resiliência e da transformação.

- Recomendações individualizadas direcionadas aos contextos pessoal, familiar, escolar, profissional e clínico.

Marcamos uma sessão dedicada para a devolutiva. Neste encontro:
- Apresento e contextualizo todas as conclusões do laudo de forma clara e acessível.

- Entrego recomendações específicas e práticas, direcionadas para a pessoa, família, escola, trabalho ou equipe terapêutica.

- Discutimos, em conjunto, os próximos passos para a intervenção adequada, que pode incluir reabilitação neuropsicológica, psicoterapia especializada, orientações ou adaptações contextuais.

Porque acredito que uma avaliação neuropsicológica de qualidade é aquela que transforma conhecimento em potencialidades. Meu compromisso é entregar a você não apenas um diagnóstico, mas um entendimento profundo e um direcionamento claro para promover mudanças reais, desenvolvimento saudável e bem-estar neurocognitivo e emocional em qualquer fase da vida.

Se você busca um parecer técnico rigoroso, aliado a um olhar clínico sensível às singularidades, agende sua avaliação neuropsicológica.